O Positivismo de A. Comte

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Após intensas transformações políticos/institucionais com o fim da Idade Média no século XV e retorno do pensamento filosófico-científico nos séculos XVI, XVII, XVIII e primeira metade do séc XIX. Três sistemas filosóficos ascenderam e fizeram parte da subjetividade dos europeus ocidentais na segunda metade do século XIX: Positivismo, evolucionismo e associalismo.

A. Comte (1798 - 1857) é o principal pensador de uma dessas correntes de pensamento, a doutrina positivista. Defendeu uma "ciência positiva", livre de qualquer viés metafísico. Um dos fundadores da ciência social conhecida como Sociologia, defendendo essa perspectiva como uma ciência própria.

A visão positiva dos fatos abandona a busca e consideração das causas dos fenômenos -Deus ou natureza - e passa a buscar leis/normas de funcionamento, vistas como relações abstratas e constantes entre fenômenos observáveis.

Observação

A observação, experimentação, comparação e a classificação como métodos - resumidas na filiação histórica e sistemática - tornaram-se fundamentos para elaboração do conhecimento da realidade social. A descrição dos fenômenos/ fatos concretos do mundo sensível e suas normas passa a ser objeto único do conhecimento científico positivo.

Fenômenos/Fatos

Aqui "fato" pode ser interpretado como aquilo que é ou acontece como um fenômeno real da experiência em determinado espaço tempo podendo ser verificado através, principalmente, do olhar. Passíveis de serem verificados/comprovados.

Assim, um mesmo fenômeno pode ser consenso entre diferentes observadores.

Objetividade/Subjetividade

No pensamento de Comte há um método geral para a ciência (imaginação subordinada a observação), mas não um método único para todas as ciências, cada ciência terá sua forma de ser positivada. Uma dinâmica entre a compreensão da realidade lida sempre com uma relação contínua entre o abstrato e o concreto, entre o subjetivo e objetivo.

Uma nova fé

Apesar dos esforços iniciais dessa corrente de pensamento de não se atrelar a qualquer teologia, paradoxalmente, mesmo que comum na nossa espécie, o positivismo se tornou até uma religião. Excluiu conquistas científicas por exemplo o próprio átomo, por não ser observado nessa época. Além de adaptar a pseudociência da Frenologia de Gall. Que vale um texto a parte.

De toda forma, foi uma corrente importante que fez parte da história da elaboração filosófica-científica moderna. Será que vivemos nesses tempos rudes os extremos do positivismo?



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